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O Azeite de
oliva é um dos mais emblemáticos e
antigos produtos existentes, e seu consumo no Brasil, nos últimos anos, teve
relevante aumento, considerando que em 2004 o consumo per capita era de
40ml/ano, e em 2014 foi de 400ml/ano. Esse forte crescimento evidencia que o Brasileiro
descobre a cada dia as vantagens e benefícios de cozinhar com um bom azeite de
oliva, uma vez que preparar uma boa comida está relacionado principalmente ao
uso de bons ingredientes. A escolha de um azeite de qualidade sempre gera dúvidas e questionamentos nas pessoas, e por
isso alguns quesitos devem ser levados em consideração.
Escolher azeites
levando em conta apenas a sua acidez é um erro habitual, e é importante compreender que a acidez não é um fator determinante na qualidade do azeite. O grau de acidez indica
que todas as etapas de processamento do azeite, desde o momento da colheita até
o envase, foram bem feitas. A acidez não é perceptível ao paladar, ou seja, não
interfere no sabor do produto. Pautar a escolha de um azeite de
oliva apenas pela porcentagem referente a acidez é um erro e deve ser evitado.
O azeite de oliva é
basicamente o óleo obtido diretamente da azeitona (ou suco oleoso da fruta), sem o uso de solventes na extração, que passa
por um minucioso e complexo processo até dar origem ao produto final, que
jamais terá um sabor único, uma vez que cada tipo de azeitona vai produzir um
azeite diferente, podendo ser mais ou menos amargo, adocicado, picante, suave e
etc. A escolha é uma questão de gosto e também de harmonização, de acordo com a
comida que for preparada. Os relevantes
critérios que devem realmente ser levados em consideração na hora de escolher
no supermercado um azeite de oliva de boa qualidade são: a embalagem, a data de
validade, a procedência, a origem, a conservação e por último a acidez.
– Embalagem: a considerável importância da embalagem do azeite é justificada pelos
inimigos do azeite que são: o ar, a luz, a umidade e o calor. A exposição a luz
e ao ar é um fator prejudicial a qualidade do produto, e por isso deve-se dar
preferência as garrafas de vidro escuro. Evite garrafas com rolhas de cortiça, pois podem permitir a
entrada de ar. As latas, que foram substituídas nos últimos anos, nem sempre
possuem uma boa vedação.
O contato de uma substancia gordurosa
com o ar leva ao ranço, uma alteração no sabor que se torna amargo, e no odor
que fica forte. E com o objetivo de manter a qualidade do azeite, sempre
escolha uma garrafa escura e que não esteja exposta a forte luminosidade, já
que a luz também acelera a oxidação do produto.
– Data de validade: quanto mais novo um azeite melhor, por ser tratar de um produto feito de
um ingrediente fresco. Um azeite novo terá as melhores propriedades da azeitona
conservadas.
– Procedência e origem: muito azeites são produzidos em um local e embalados em outro. Na
embalagem é obrigatório conter essa informação. Tenha a curiosidade e a atenção
de verificar de onde vem o azeite que está comprando. Os principais países da
União Europeia (UE), produtores de azeites, desenvolveram legislações que
atestam a origem geográfica do produto e utilizam em seus rótulos a
nomenclatura “DOP” – Denominazione di Origine Protetta. Portanto, os
azeites que possuem “DOP” são um bom indicativo na hora de escolher o produto.
– Conservação no ponto de venda e em
casa: como dito acima, a luz e o calor são
grandes inimigos do azeite, que influenciam negativamente na sua qualidade. Uma
vez expostos em um local com muita luminosidade e quente, saiba que o azeite
não será mas o mesmo. Em casa, após aberta a garrafa, devemos consumi-la
em até 20 dias para preservarmos assim os aromas e sabores do azeite.
– Acidez: de uma maneira errada ela é levada em consideração como um fator isolado
determinante na qualidade do azeite. É importante compreender que essa
porcentagem de acidez do azeite não tem nenhuma relação
com a acidez de um limão ou de qualquer outro cítrico ou é sinônimo de azeite
suave. É o fator de menor importância na escolha de um azeite, e apenas em um
cenário onde temos dois azeites extra virgem, com as mesmas características, a
acidez poderá ser um fator de decisão.
O azeite de
oliva é certamente um produto complexo, e
por isso um tão especial e valorizado. Levando em consideração os tópicos
acima, certamente a escolha de um bom azeite será mais fácil, principalmente
compreendendo que a acidez não é um parâmetro isolado de escolha, assim como a
sua cor, que em nada influencia o seu sabor. É importante ressaltar que o
Azeite “extra
virgem” é o de melhor qualidade, e o considerado
apenas “virgem”, possui qualidade
inferior a ele, mas em comparação ao óleo de sementes ainda é muito superior e
melhor opção para uso culinário como a fritura. A partir disso, basta escolher
o azeite com a sua variedade de azeitona favorita e harmonizar da melhor
maneira.
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